Quinta-feira, 31 de Março de 2005
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PARABÉNS!!
Passou um ano, e parece que foi ontem , que a minha amiga Carla, do blog papoilas doces, me disse que tinha feito um ! Pois é, o "Papoilas que pingam algodão doce", bem como a minha amiguinha, estão de parabéns! O blog porque faz 1 ano, e a minha amiga, porque é a sua mãe! E mãe , também tem de ser parabenizada!
Tchim Tchim!!!
Terça-feira, 29 de Março de 2005
Lembrei-me desta hoje...
A minha filha Rita, tinha uns 3 anos, quando fomos a um casamento, em que ela era a menina das alianças.
Pois bem, aperaltada a preceito, lá a levei.
Logo à chegada deu nas vistas, porque alem de ser muito bonita, não ia vestida de "menina das alianças". Não a vesti com aqueles vestidinhos clássicos para o efeito, mas sim, com jardineiras brancas todas "fashion" e acessórios a condizer! Estava de facto muito gira e de tal forma foi, que até o padre se meteu com ela, achando-lhe imensa piada. Foi o "ai jesus" do casamento....
Pois bem, esta linda menina das alianças, que com essa idade falava muito bem,e era facilmente compreendida por todos, estava muito sossegadita a ouvir a missa do casamento. Razão pela qual, e mais uma vez, toda agente achou uma maravilha..."uma criança tão pequena, sossegada durante tanto tempo".
Ah pois é, o melhor estava para vir! E veio quando o sr padre benzeu as alianças, que estavam, precisamente nas mãos dela!
Inadvertidamente, o sr prior, ao benzer as alianças, borrifou-a com a água benta...resultado???
A linda menina das alianças, passou-se, chamou estupido ao padre, e num ápice, desatou a fugir da igreja, chorando, e com o prato das alianças na mão!!! Mais de meia hora estiveram os convidados, de rabos para o ar, à procura das ditas!!
Rezei a Deus, para me abrir um buraco, ali mesmo, na igreja!!
Hoje dei por mim, a pensar em ti. Onde estarás?
Faz anos que não nos vemos. Não sei já quem és; sei que se me cruzar contigo , nem sequer vou reconhecer-te.
Hoje vi o rio..lembras-te do rio? Lembras-te das tardes que lá passamos, conversando, rindo, mandando conversa fora?
Costumavas mandar-me calar, para ouvires a água! Dizias que ela falava connosco, lembras-te? Uma vez até fizemos a conversa da água...conversamos tanto com ela, contou-nos tantos segredos. E até estava a ser uma conversa interessante...até eu ter-me desfeito a rir! Que tolos eramos, e que felizes!!
Lembras-te daquelas festas de verão, em que dançavamos até cair, em que passeavamos e cantavamos de mãos dadas, naquelas lindas e quentes noites de luar alentejano? Lembras-te? Quantas promessas fizemos...tudo em vão! Mas nessa altura não sabiamos que iria ser assim.
E os baloiços, lembras-te deles? Tantas tardes que andamos de baloiço. Tomavamos muito balanço, e lá no alto, apanhavamos folhas de amoreira com os pés, era a comida dos meus bichinhos da seda... lembras-te? Conversavamos sobre o que iriamos ser no futuro. Até chegar o guarda do parque e nos expulsar dali...ele não percebia que só queriamos brincar, nada mais.
Lembras-te da paixão que tiveste por mim? Lembro-me como se fosse hoje....não era paixão que eu queria de ti, mas estavamos no limiar da adolescência, as hormonas em ebulição...e tu, tu apaixonaste-te perdidamente por mim.
Eu disse que sim, porque tinha medo de te perder como amigo. Eu queria-te amigo, queria a tua amizade tão simples, e apenas isso. Claro que o nosso namoro durou pouco, era a amizade que nos unia! Amor, talvez...num futuro ainda tão longínquo...
E por falar no futuro, eu não cheguei a ser aquilo que te contei, e tu? Conseguiste ser médico? Era o teu sonho.
Agora recuei ainda mais no tempo, e sabes o que me lembrei?
Lembrei-me do jardim! Aquele lindo jardim florido, onde tantas vezes apanhaste flores para me oferecer, lembras-te? Amores-perfeitos, e malmequeres, as minhas flores preferidas.
Estás na bicicleta, a tua bicicleta vermelha, e tens vestida a camisola azul clara, aquela que eu gostava muito! Terás uns 9 anos, talvez? Não sei...já não sei, passou tanto tempo.
Não sei porquê, hoje pensei em ti. Há tantos anos que não te vejo. Onde estás? Quem és?
Meu amigo....
ás vezes sinto-me mal, pareço alguem insensível, ou até mesmo fria, gelada. Porquê? Porque não sei falar de amor.
Como descrever um sentimento tão ambiguo? Como defini-lo?
Poderia começar por dizer que é algo, uma força que nos move, que nos dá esperança, alento. Mas como? Ele também nos paraliza, nos desencanta, nos desalenta!
Também poderia dizer que sem ele não somos nada, não sabemos o verdadeiro sentido da nossa existência.Mas mais uma vez não posso, porque há muita gente que existe, sobrevive, sem ele...
Como falar de amor...
O que é o amor, afinal?
Aquela força que, nos enlouquece, nos faz viver, que nos obriga a viajar ali, no sofá da sala, aquilo com que sonhamos acordados, ou... aquele sentimento de bem estar, que nos acalma, nos conforta, nos anestesia, e nos faz adormecer com um sorriso doce estampado no rosto?
Será o amor, fonte de alegria imensa, a felicidade que tanto almejamos, ou pelo contrário, um sentimento que nos entristece, ao ponto de desejarmos nunca ter nascido?
Queria tanto saber falar de amor!
Queria poder dizer que o vejo! Que o toco! Queria poder dizer que é um ser translúcido, cor de magnólia, e com cheiro a canela. Queria poder dizer que tem um toque suave, aveludado, quente. Mas não posso! Não o vejo, não o cheiro, não lhe toco!
E aqui estou a divagar sobre isto...
Mas tal como acredito em Deus, que não vejo, não toco, nem cheiro, acredito no amor, e na sua força. E acredito que "isto" que eu sinto por tantas pessoas que me rodeiam, seja amor nas suas variadas formas. Não consigo explicar o que é, nem tão pouco descrever o que sinto. É algo muito bom...só pode ser amor!
Sexta-feira, 25 de Março de 2005
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Há muito que queria deixar aqui este poema....dedico-o a todos os que apanham "combóios sem volta", e especialmente ao meu irmão, que apesar de ter feito uma longa viagem, encontrou o caminho de regresso!
Acordei numa noite de gelo
o meu sonho era um pesadelo:
estavas tu, quase de partida
para um beco sem saída...
Um jardim sem nenhuma flor,
uma fogueira sem calor
algum medo, nenhum amor,
nos teus olhos que não tinham cor
E quanto mais, eu daqui,
te chamava, gritava por ti
tanto mais me parecias longe....
Foste embora, estavas de partida
num combóio sem volta, só ida,
e eu, correndo para te alcançar
mas sem conseguir lá chegar!
Atrás de um canto de sereia,
construindo castelos de areia,
tu seguias enfeitiçado
sem sequer olhar para o lado!
De quem seria a voz que te chamava?
Qual seria a força que usava?
Que te levava de partida,
para um beco sem saída...
E eu queria gritar
mas o som, não chegava a soar,
e sozinha, só sentia medo...
Acordei numa noite de gelo
o meu sonho era um pesadelo
e o meu coração sabia:
que para sempre te perdia!
Num comboio sem volta, só ida
Num comboio....comboio sem vida
Um comboio estranho, derradeiro....
afundando-se num nevoeiro.
(Runaway train- adaptação portuguesa de Ana Faria)
Terça-feira, 22 de Março de 2005
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Depois de muito esperar, de muito correr, finalmente recebi hoje o meu neto! Ehehehehhehe!
Aqui o deixo, em 1ª mão , para que apreciem esta beleza de neto!
Louro e de olhos verdes...saiu a mim!
Chama-se Indy, tem 8 meses, e vai ser muito feliz aqui!
Apesar de ser esta "coisa" fofa que aqui vêem, não tem sido muito feliz.
Em 8 meses de vida, conheceu 4 donos!!
O 1º, não gostava dele, porque lhe arranhava os sofás...batia-lhe muito, e acabou por dá-lo...a 2ª, achou que não tinha tempo para ele, e acabou por da-lo a umas pessoas, que...eram alérgicos a gatos!
Finalmente,veio parar a minha casa! A minha filha vai ser a 4ª dona! Mas aqui, há tempo para ele, os sofás que se danem (tapam-se), e ninguem sofre de alergias, felizmente !
Indy, chegaste, e aqui vais ser feliz!!!
Segunda-feira, 21 de Março de 2005
(pintura de R.R.)
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Quando me sinto farta da cidade, desta vida sedentária, e do sufoco dos prédios de betão, pego na tela, nos pinceis, e pinto flores!
Depois, sento-me no sofá, abro a janela de par a par, deixo entrar a brisa, e olho para o meu jardim. O jardim que eu criei só pra mim! Onde me sinto bem, e onde cheiro as flores que penso!
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Hoje, e nem sei bem porquê, talvez por estar este tempo, cinzento, ao qual já não estava habituada, sinto-me algo melancólica.
Tenho estado aqui a pensar, a divagar, e gostava de ser um anjo...
Gostava de poder voar, por este mundo fora, ir por aí sem destino, atender os pedidos de ajuda, sorrir com a felicidade de alguem, sem que me vissem...
Eu queria ser um anjo!
Poder sentar-me na praia ao anoitecer, ouvir as ondas do mar, sem medos nem angustias, e sorrir na minha invisivel essência....sem que alguem me visse...
Estar perto dos que se foram, sorrir para os que ainda hão-de vir...passear plas ruas, dançar, pular, cantar..e finalmente voar, sem que ninguem me visse!
Eu queria ser um anjo!
Seria com certeza um anjo azul; gosto de azul.
Teria longas e suaves asas brancas; gosto de branco.
Confundir-me-ia com o azul dos céus, e com o alvo das nuvens, e ninguem daria por mim!
Eu queria ser um anjo!
Sinto um leve esvoaçar, uma brisa fresca, algo me acaricia os sentidos, algo me conforta a mágoa...
Olho em meu redor, estendo a mão, tento alcançar algo que não sei o que é, que não vejo...mas eu sinto...
Será um anjo?
Sábado, 19 de Março de 2005
Chamou-me a atenção, há dias, uma reportagem sobre a doença bipolar.
É uma doença do foro psicológico, muitas vezes subdiagnosticada, e em consequência, subvalorizada e subtratada.
Esta doença, e numa altura em que milhões de pessoas sofrem de stress, e depressão, caracteriza-se essencialmente por estados depressivos agudos, seguidos de estados de euforia acentuada.
Num ápice, o doente, vai de um extremo ao outro,alternando o seu estado de espirito, entre a euforia, e a depressão profunda.
No entanto, e apesar de já ser conhecida e dada como doença "oficial", muito há, ainda, a fazer.
Como o seu reconhecimento, é recente, muitos doentes, padecem deste tipo de disturbio, sem que o saibam, uma vez que muitos médicos, se limitam a diagnosticar apenas, a depressão, não especificando o tipo da mesma.
Se se sente assim por vezes, ou pensa que pode sofrer deste tipo de depressão, saiba que existe para já, uma associação que o poderá ajudar.
Aí, além de o ajudarem a resolver esse problema, no sentido de o encaminharem a uma consulta de diagnóstico, por exemplo, ainda poderá ouvir e partilhar experiências de doentes com patologias similares.
Fica aqui o contacto da associação:
Associação dos doentes bipolares - telf: 21 854 07 40
Quinta-feira, 17 de Março de 2005
Esta é digna de ser registada, e publicada!! Estou escandalizada!
Conforme muita gente sabe, sou uma apaixonada por gatos. Também, conforme muita gente sabe, um dos meus bichinhos, morreu há pouco tempo. E como "algo" me fazia falta em casa...resolvi adoptar um gatinho!
Hoje, e após alguma pesquisa na internet, decidi ir ao canil de Lisboa, no Monsanto. Recuso-me a comprar animais de "marca", quando há tanto animal abandonado, desesperado para ter um dono que o estime.
Chegada lá, comecei por visitar os bichinhos, na esperança de trazer um comigo. A escolha foi dificil, porque só havia gatos adultos. Como tenho uma gata já adulta também, tenho sempre receio, que depois não consigam conviver em paz.
Nisto, um deles despertou-me a atenção. Um gatarrão, lindo, assustado, siamês (tal como a minha gata),e que me pareceu meigo. Queria este...
Qual não é o meu espanto, quando o empregado, me disse que aquele não podia ser, porque estava sob a tutela do tribunal (??!!)
Não sei o que terá feito o pobre animal..mas deve ter sido grave, porque está em prisão preventiva...
Bom, escolhi outro, que também me pareceu ser ternurento e calmo....esse tambem não pode ser, porque ainda não tinha completado 8 dias de estadia, com pensão completa!...
Desanimada, resolvi tentar na União Zoófila.
Também concluí que, para se adoptar um animal, as coisas decorrem desta forma, para adoptar uma criança...como será?!
Bom, chegada à União Zoófila, em Benfica, nas Furnas,carregada de mantas e rações, lá fui dizendo que queria adoptar um gato! Aliás...dois! Um para mim, e outro para a minha filha, que tem casa nova...
Mandaram-me entrar, e levaram-me ao gatil.
Muitos gatos, todos adultos. Mas eu estava disposta a levar adultos, porque estes, têm muito mais dificuldade em ser adoptados.
Houve um, que me deixou logo embevecida! O Begui!
Um lindo gato jovem, calmo, muito meigo e bastante deslocado! Chegou esta manhã (disseram-me...) o dono emigrou e foi lá deixa-lo...hummm
Peguei-lhe ao colo, fiz-lhe festas...este era um dos que viria comigo!
Depois, num compartimento onde estariam uns 20 gatos, vejo um, que me deslumbrou! Igual ao meu bichinho que morreu! Lindo! Parecia ele!
Tambem o queria! O Begui ficaria na casa da minha filha, e o outro, na minha....
E o caricato, começa aqui...
Uma senhora que anteriormente me fizera um inquérito do tamanho do mundo, que até compreendi, resolveu dizer-me que não poderia levar o que era igual ao meu! Porque, enfim, era um gato já com alguma idade, e que de certo modo, "era da casa"....
Essa tentei compreender. O que não entendi, foi o que se seguiu!
Para levar o Begui, a referida senhora, obrigava-me (literalmente) a comprar uma caixa transportadora, pela módica quantia de 25 euros! Eu até estava disposta a deixar um donativo chorudo, mas isto, não!!!
Ainda estive tentada a comprar a referida caixa, mesmo sem precisar dela, porque levei uma carrinha com bagageira independente, e porque não tinha outra forma de o levar dali.
No entanto, fingi não ter aquela quantia comigo...
Então, resolvi perguntar à senhora, como faria, caso não tivesse dinheiro para comprar a caixa, isto, claro está, já em jeito de desafio.
Ela, para meu espanto, respondeu-me que eu tinha de ter uma caixa daquelas, e ordenou-me (literalmente) que me despachasse a ir ao multibanco, porque fechavam às 17..e eram 16, 30!! Nem quis acreditar! A senhora era uma negociante nata!
Revoltada, e com muita pena, desisti de levar o gatinho Begui comigo!
Agora, ele podia estar aqui no quentinho, na minha casa...mas não está...
Para que conste!