As tábuas do soalho, rangem sob os teus pés. Olho para o relógio, é tarde, muito tarde.
Finjo um sono profundo, é tudo o que posso fazer.
Sinto o cheiro. Aquele cheiro que não é teu, não é nosso.
As tuas mãos em mim, são como facas, doem-me!
Não sinto nada...já nem sinto, sequer!
Tambem não choro, sequei!
Já nada importa.
Aqui estou inerte, esperando que adormeças, esperando , esperando...
Amanhã, as tábuas do soalho irão ranger de novo.
Mas irão ranger sob outros pés que não os teus!
Amanhã...